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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Refletindo sobre os corpos mutantes

O AUTOR

Edvaldo Couto é filósofo graduado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), tem mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, trabalha como professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced/Ufba) e pesquisador das relações entre corpo e estética contemporânea. Sobre o tema publicou Transexualidade. O corpo em mutação (GGB, 1999), O homem-satélite. Estética e mutações do corpo na sociedade tecnológica (Unijui, 2000) e, junto à colega Silvana Goellner, da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), organizou os artigos de Corpos mutantes. Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais (Edufrgs, 2007), cuja segunda edição acaba de ser lançada.


ALGUMAS REFLEXÕES

Se pararmos para pensar, verificaremos que a questão da beleza, do culto ao corpo é antiga: desde o Oriente ao Ocidente e nas mais diversas culturas e tempos diferentes. Mas tem algo singular quando o parâmetro é a atualidade.
Depois da Revolução industrial os produtos de beleza se popularizaram entre as pessoas. Após o século XVIII a ciência se desenvolveu na forma de cuidar e manter o corpo. Técnicas médicas e cirurgicas se popularizaram. A moda é uma tendência onde todos desejam e querem seguir. As nova tecnologias contribuem divulgando e valorizando os cuidados com o corpo. 


Agora abaixo teremos um pequeno resumo sobre cada parte/capítulo do livro. Uma beijoka carinhosa para vcs!!!


1-      Corpo, fragmentos e ligações: 

 A micro-história de alguns órgãos e de certas promessas. (Leda Tucherman).


Nesta primeira parte, são trazidas as técnicas do cinema e suas contribuições e transformações decorridas entre o corpo e a técnica. Existe um pensamento/discussão que a técnica venha a substituir o humano. O cinema, segundo a obra, é a comunicação de massa que transcende a técnica e o corpo. Essa parte eu achei bastante interessante porque o cinema concretiza todos os sonhos humanos! 

2-      Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias. ( Homero Luís Alves de Lima).

Nesta segunda parte, o autor mostra possibilidades tecnológicas para transformar o corpo humano. O temo o "cyborg" é definido classicamente (ficção, literatura, cinema) e a relação que o corpo tem hoje com a "in"formação. 
O que me chamou atenção nesta parte é que o autor considera um cyborg, o fato de usar prótese. Então, eu também poderia ser considerada um cyborg! Aliás, de alguma forma todos nós seríamos!

3-      O espetáculo do ringue: O esporte e a potencialização de deficientes corporais. 
       (Cláudio Ricardo Freitas Nunes e Silvana Vildore).
  
Nesta terceira parte, o autor fala sobre a cultura dentro do contexto do grupo do Mixed Marcial Artes (MMA), onde o corpo é considerado como o ambiente adequado para praticar os esportes, independente se seu corpo sofreu ou não mutação, ou seja, se vc é ou um não um cyborg. 
O grupo do MMA fala sobre o corpo "ideal", o "ideal" dentro dos parâmetros e critérios da sociedade e da cultura moderna. Assim como, a discriminação dos corpos/seres humanos que não estão dentro destes parâmetros de corpo "perfeito". O grupo do MMA também passa por esse mesmo sentimento vez que, o corpo deles não possuem potencialização suficiente para poder lutar com o "outro". 
É também ilustrada várias tecnologias para realçar os elementos estéticos do corpo, tais como, Power plate (máquina que aprimora o treinamento), anabolizantes, suplementos alimentares etc. 

4- Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica. 
    (Annamaria da Rocha Jatobá Palácios).

Nesta quarta parte, a autora analisa dois termos: "velhice" e "terceira idade" no contexto das  propagandas de cosméticos. Essas propagandas tem o objetivo de trabalhar auto-estima, a motivação etc. dá esperança de uma longa expectativa de vida. E para isso, as pessoas começam a consumir de forma desenfreada os produtos de cosméticos que garante um rosto sem rugas, sem manchas, sem linhas de expressão etc.
Assim posso concluir que, atualmente, o termo mais adequado é "terceira idade" já que esse grupo tem uma preocupação maior em viver mais, em viver melhor e de forma mais saudável, jovem. E o termo "velho-velhice" pertença a um passado remoto!


5 - A performance do híbrido: corpo, deficiência e potencialização. 
     (Varlei de Souza Novaes).

Nesta quinta parte, o autor faz uma discussão sobre o significado dos "corpos contemporâneos", no contexto dos atletas portadores de deficiência física. O autor usa o termo "transgredir" ao se reportar aos suportes técnicos que são usados por esses portadores. Eu, particularmente, diria que eles transcendem as suas limitações ao fazerem usos dos "corpos híbridos", ou seja, dos suportes técnicos. Com esses suportes, eles conseguem praticar e competir em natação, basquete, corridas etc. 

Referência



COUTO, Edvaldo. Corpos Mutantes: Ensaios sobre novas (d)eficiências corporais. 2.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.


IMPORTANTE:
Módulo 3 - Sujeito na Contemporaneidade.
CICLO II.
Especialização Tecnologias e Novas Educações.